27 de novembro de 2010 - sábado

LÍRIOS, URSO, CHICOTE, CAIXÃO, CAMINHOS
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Aqui se planta, aqui se colhe, mas para a flor nascer é preciso que se molhe, é preciso que se regue pra nascer a flor da paz, é preciso que se entregue com amor e muito mais. É preciso muita coisa e que muita coisa mude, muita força de vontade e atitude, pra poder colher a paz, tem que correr atrás e tem que ser ligeiro! Pra poder colher a fruta é preciso ir a luta, e tem que ser guerreiro!

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Pela paz a gente canta a gente berra, pela paz eu faço mais eu faço guerra
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A paz que não tem vaga na porta da escola, a paz vendendo bala, a paz pedindo esmola, a paz cheirando cola, virando a adolescência, atrás de uma pistola, virando violência. Será que a paz existe? Será que a paz é triste? Será que a paz se cansa da miséria e desiste? A paz que não tem vez, a paz que não trabalha, a paz fazendo bico, ganhando uma migalha, no fio da navalha, dormindo no jornal, atrás de uma metralha, virando marginal.
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Eu vou à luta eu vou armado de coragem e consciência, amor e esperança, a injustiça é a pior das violências, eu quero paz, eu quero mudança. A violência não é só dos traficantes, a covardia não é só a dos policiais, a violência também é dos governantes, dos homens importantes, não sei quem mata mais!
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Como é que a gente faz, pra medir a violência na emergência dos hospitais, a dor e o sofrimento, os filhos que não nascem, os pais que morrem sem atendimento, qual é a gravidade de um roubo milionário praticado por alguma autoridade, que tem imunidade e compra a liberdade, enquanto o cidadão honesto vive atrás das grades, com medo de um assalto à mão armada, pagando imposto alto e não recebendo nada, qual é o grau do perigo, da falta de escola e de emprego de prisão e de abrigo, qual é o pior inimigo? Os pais da corrupção ou os filhos do mendigo? Quem é o grande culpado? O ladrão que tem cem anos de perdão ou você que vota errado?
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Pela paz a gente canta a gente berra, pela paz eu faço mais eu faço guerra
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Gabriel O Pensador

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