05 de abril de 2009 - domingo

CASA e CAIXÃO
.
.
.
Eu já morei naquela casa. Está deserta.
Olha o jardim: a porta inda está aberta.
Pode-se entrar... Ali, nesse canteiro
eu plantei certa vez um pequeno craveiro.
Já morreu. Morre tudo... Afinal só subsiste
a saudade de tudo...
.
E a saudade é tão triste...
.
Tu moraste também no meu peito, querida...
Hoje que me deixaste, a minha pobre vida
é uma casa deserta igual a essa que viste.
.
E uma casa deserta - ó meu bem! - é tão triste...
.
.
.
.
.
.
.
Menotti Del Picchia

Nenhum comentário: